A banda que viria a se tornar o Metrô foi fundada em 1978, inicialmente com o nome A Gota Suspensa, uma formação mutante, em que participaram vários músicos e cantores, entre eles Freddy Haiat, Kuki Stolarsky, Marcinha Montserrath, Mike Reuben.
O núcleo que mais tarde viraria Metrô era composto por cinco colegas franco-brasileiros que estudavam juntos no Lycée Pasteur, colégio francês de São Paulo: a atriz e modelo Virginie Boutaud (vocais), Alec Haiat (guitarra), Yann Laouenan (teclados), Xavier Leblanc (baixo) e Daniel "Dany" Roland (bateria).
A Gota era um conjunto de rock progressivo/experimental bastante inspirado por bandas como Pink Floyd, The Beatles, King Crimson, Novos Baianos, e pelo movimento tropicalista, entre outros. Aos poucos, o som da Gota foi fidelizando um público juvenil cada vez mais numeroso, que os seguia em suas apresentações em colégios assim como em festivais de música em São Paulo. Aos poucos começaram a se apresentar em espaços muito característicos desta época como Clash e Carbono 14. Em 1983, a fita que gravaram para se candidatarem ao festival interno do Colégio Objetivo interessou um produtor independente, mecenas dos primeiros registros do som da Gota em estúdio. O álbum A Gota Suspensa foi lançado pela gravadora independente Underground Discos e Artes, com a participação de Tavinho Fialho no contrabaixo no lugar de Xavier, que tinha sido convidado pelos pais a ser mais assíduo nos estudos, e o sensivel Marcel Zimberg (saxofone, flauta). O disco não foi um sucesso comercial, porém foi muito bem-recebido pela crítica, adquirindo status cult.
O álbum e o sucesso de público d' A Gota chamaram a atenção de várias gravadoras, entre elas a Som Livre e a CBS Records. Alec, Dany, Virginie, Yann e Xavier acabaram assinando com esta ultima um contrato para três discos. O som da banda passava por uma metamorfose com as novas influências como Blondie, Rita Lee, Roxy Music e Laurie Anderson. Surgia então um estilo musical mais "acessível"; uma sonoridade mais pop e menos experimental. Em 1984, nesta nova fase, A Gota Suspensa trocou seu nome para Metrô; seu primeiro lançamento com este nome foi o bem-sucedido single "Beat Acelerado", que trazia no Lado B "Sândalo de Dândi".
Metrô - BEAT ACELERADO
Minha mãe me falou
Que eu preciso casar
Pois eu já fiquei mocinha
Procurei um alguém
E lhe disse meu bem
Você quer entrar na minha?
Acontece porém que eu não sei me entregar
A um amor somente
Quando ando nas ruas
Fico só namorando e olhando pra toda gente
Coração ligado
Beat Acelerado
Meu amor se zangou
De ciúme chorou
Não quer ficar mais ao meu lado
E hoje eu sigo sozinha
Sempre no meu caminho
Solta e apaixonada...
Que eu preciso casar
Pois eu já fiquei mocinha
Procurei um alguém
E lhe disse meu bem
Você quer entrar na minha?
Acontece porém que eu não sei me entregar
A um amor somente
Quando ando nas ruas
Fico só namorando e olhando pra toda gente
Coração ligado
Beat Acelerado
Meu amor se zangou
De ciúme chorou
Não quer ficar mais ao meu lado
E hoje eu sigo sozinha
Sempre no meu caminho
Solta e apaixonada...
Metrô - TUDO PODE MUDAR
Nada ultrapassa a velocidade do amor
Venha de onde vier, seja como forSubitamente o tempo parece parar
Nada acontece distante do teu olhar
E eu aqui sozinha esperando você chegar
Enquanto o digital do relógio parece avisar
Que no balanço das horas tudo pode mudar (2x)
Eu acho que ele não vem
Ele não vem não
Ou será que virá?
Volto para casa fazendo trapaças pra dor
Seja o que deus quiser, seja o que for
Me ligo na televisão pro tempo passar
Mas todos os anúncios afirmam que é bom amar
E dentro do meu peito, não tem jeito bate paixão
São dez pra ficar louca, daqui a pouco posso pirar
E no balanço das horas tudo pode mudar
Eu acho que ele não vem
Ele não vem não
OU será que virá?
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